Os líquidos
Os poemas, quando vêm à tona, não passam de papel molhado. Molhado com sangue, com suor, com lágrimas, com rios e mares, com chuva, com orvalho, com vinho, com bile, com sêmen, com saliva e cuspe, e com outros líquidos que, juntos e de maneira coordenada, dão forma e substância a eles.