Bel

— Belzebu, Grande Senhor das Trevas, eu te invoco! Dá-me a graça da tua presença.
— Já estou aqui, não precisa fazer cena nem essa voz cavernosa de Zé do Caixão, que coisa chata!
— Mas, Bel, minha voz é assim…
— Que seja. E pra que essa galinha com o pescoço degolado? E esse sangue todo? Precisa fazer tanta sujeira? Que nojo!
— É que eu sei que isso é do teu agrado.
— Quem é que te falou essa asneira?
— Eu vi no cinema, Bel.
— Ah, Hollywood, a puta Hollywood! Eu sabia que não devia ter criado aquela merda.
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